A arte é ausente de limitações, suas expressões surgem a partir de experiências intrínsecas e é a partir desse meu envolvimento com a expressão desse saber, que gostaria de apresentar meu caminho por esse mundo envolvente e inspirador, mas principalmente transformador.

 

Me chamo Maurício Glor e minha porta de entrada para a arte foi o Graffiti, desde 1995 os rabiscos me acompanham, e foram com meu desenvolvimento e vivências ganhando forma, se lapidando junto com minhas mudanças. Hoje, após formação acadêmica, residência no exterior e todas as oportunidades e encontros que tive na vida, desenvolvo uma nova maneira de expressar meu mundo interno em forma de arte.

 

Comecei no Graffiti em 1995, rabiscava as carteiras, escrevia meu nome pelas ruas onde passava. Na escola publica tive a oportunidade de conhecer diversos artistas e entender um pouco da pixação e do graffiti.

“Lembro-me de passar por baixo da catraca do ônibus para poder comprar meu material; de passar horas andando procurando muros e lugares para pintar. Naquela época, comprávamos alguns sprays e os corantes para misturar na tinta látex que conseguíamos de conhecidos ou encontrava pela rua.”

Pintamos vários muros e lugares nessa época, conhecendo outras quebradas e sempre pintando ou deixando umas tags por onde passávamos.

 

Em 2003 fui morar em Londres, nessa época eu trabalhava e sempre que dava pintava, desenhava ou fazia minhas esculturas. Conhecei diversos material em Londres, tinha uma facilidade de conseguir os sprays e assim podia comprar outros materiais, como canvas, canetas acrílicas, tinta, pincel, coisas para montar minhas esculturas. Venho me dedicando a trabalhos experimentais com diversos tipos de materiais, estabelecendo uma nova relação com a forma como consigo exprimir minhas inspirações.

 

Respirar arte move meu propósito maior, seja na intervenção urbana, nas telas, como ilustrador, capturando imagens ou mesmo na criação de animação. A possibilidade de a partir da arte expressar minha essência, e motivar com estes estímulos a conexão de quem as vê como algo além da borda, me estimula a desenvolver e criar mais maneiras de tornar essa uma ferramenta transformadora e de liberdade.